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sábado, 9 de julho de 2016

Essa é a minha opinião

Um jornalista perguntou a Einstein:
- "O senhor poderia me explicar a Lei da Relatividade?"
E Einstein lhe respondeu:
"O senhor pode me explicar como se frita um ovo?"
O jornalista o olhou intrigado e respondeu:
- "Claro que sim, posso".
Ao que Einstein replicou:
- "Bem, então o faça, mas imaginando que eu não saiba o que é um ovo, nem uma frigideira, nem o óleo, nem o fogo..."

  A pessoa pede sua opinião sobre o aborto, sobre liberações de drogas, sobre o impeatchment, sobre o brexit... E você, na maior inocência do mundo, lhe concede sua opinião. A pessoa te olha com cara de desdém, te chama de idiota e corta sua amizade. Essa é a vida no século XXI.

  O que a pessoa não sabe é que ela ignora um pequeno detalhe: Você não formou sua opinião baseada em achismo ou qualquer coisa do tipo (pelo menos não deveria!). Você formou sua opinião lendo diversos livros, vendo vídeos sobre, ouvindo opiniões diversas, conversando com pessoas diversas... Não foi uma ideia conjurada do nada. Foi uma ideia construída com tempo e dedicação de estudo. Uma ideia lapidada ao longo do tempo, que foi se modificando, se ampliando, se melhorando.
  Porém, para a pessoa isso não interessa. Se suas ideias não batem com as ideias dela, você é um imbecil, um idiota útil, um direitista/esquerdista.

terça-feira, 5 de julho de 2016

O que é magia?

  Crowley disse que a magia é a ciência e a arte de provocar mudanças em conformidade com sua vontade. Mas que mudanças? Levitar uma pedra com a força da mente? Pode-se dizer que menos de 1% dos magistas atuais conseguem tal façanha, e explico o porquê.

  Magia, na melhor definição que Alan Moore deu é "A Arte". Magia como uma expressão artística mesmo, como um quadro, uma pintura, uma escultura, uma poesia, um desenho. Só que o objeto artístico é o próprio mago. Em outras palavras, a mudança que a magia provoca é subjetiva, sutil, simples. Nada de bolas de fogo, nada de atravessar paredes.

  Ora, mas não era isso a magia? Não. Isso é feitiçaria. É manipular elementos e leis naturais, alterar o código-fonte do mundo para seu próprio objetivo. Há quem discorde de mim. Há quem diga que essas coisas não são possíveis. Mas eu tenho minhas próprias ideias, e não acho que o mundo seja tão ordeiro como aparenta ser. Existe caos por aí. Existe coisas que nós nem podemos explicar ainda. E por isso chamo essas coisas de feitiçaria. Tais eventos podem ser feitos por um feiticeiro, ou por alguém com uma capacidade psíquica além do comum. Ou talvez um cientista que descobriu algo valioso. Não sei. Há coisas que não sabemos.

  Mas e a magia? E os magos das sociedades secretas, que se reúnem com seu robes negros e seus pentagramas na testa? Esses não são feiticeiros, são magistas, são magos. Esses reproduzem a Arte. Mas não são como pintores, nem escultores, nem desenhistas ou poetas. Sua Arte é diferente, embora seja semelhante a essas coisas.
  Magia é, como Crowley disse, a arte de provocar mudanças com sua vontade. Qualquer mudança. Qualquer. Se eu decido fazer arroz, e faço arroz, eu fiz magia. Se eu decido ir até o parque para apreciar as estrelas à noite, isso é magia. Estou fazendo tais coisas com minha vontade. Fabriquei uma mudança. O arroz cru se tornou cozido, e ganhei a experiência de ver estrelas à noite.
  E embora o leitor ache que tais coisas são banais para serem classificadas como magia (e são!), eu já me adianto para dizer que ele se esquece de um detalhe: do mago.

  Disse acima que o objeto artístico é o próprio mago, não uma coisa externa. Uma pessoa qualquer, que não tenha nenhum conhecimento de magia, pode muito bem cozinhar arroz, mas somente o mago pode fazer isso de maneira artística. Somente ele pode fazer magia com essa prática. Porque ele, acima de tudo, transformou a si mesmo nA Arte.
  Se magia é a arte de causar mudanças, então o mago causa mudanças em si mesmo, e tudo que ele fizer será sagrado, será mágico. Pois tudo que ele fizer será pela Sua Vontade. Nada de vícios, ou hábitos, ou "caminhar por aí distraído". O mago sente cada momento, sente cada sabor, ouve cada som... O mago vê magia em tudo, pois tudo que ele faz é magia. Ele não precisa mais fazer rituais elaborados para entrar em contato com seu SAG, basta pensar nele. Ele não precisa mais tirar cartas do tarô para saber o fluxo de eventos, basta buscar respostas na sua intuição. Ele não precisa mais se sentar em lótus para meditar, basta estar lúcido.

  O mago é o produto final de sua arte, e uma vez que tenha se tornado assim, ele não faz mais magia, pois todo ato que ele sequer faça, é magia.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Todo homem e toda mulher é uma estrela!

  Quarta-feira, meio dia. Chego do curso e abro a internet. Vou no twitter ver as novas notícias, e me deparo
com um assunto nos trending topics. O assunto era sobre um vídeo vazado onde mostrava uma menina desacordada, que supostamente foi estuprada. Não vi o vídeo, e me recuso a ver.
  Ao longo dos dias a história vai crescendo e se desenrolando. É dito que foram 33 homens que a estupraram, que ela foi drogada pelo namorado e que foi deixada nua a própria sorte. Logo depois aparecem áudios onde é revelado que a garota era uma "maria fuzil", que se drogava e pediu para transar com tais pessoas.

  Ok. Aqui começa uma discussão sobre ser ou não ser um estupro. A balança pesa para os dois lados, e a análise das evidências é confusa. Muitos já levantam a bandeira culpando a vítima, defendendo a idéia de que ela quis aquilo e que não deveria nada se meter nesse meio. No outro lado temos a bandeira que defende a menina, dizendo que nada justifica o ato e que foi sim estupro.
  Eu sempre tendo pela razão. Sempre tendo a olhar os dois lados, e tentei analisar calmamente a situação, embora meu estado emocional para esse caso tenha sido abalado. Tive que ouvir amigos dizendo "bem feito" para a garota, e afirmando que participariam do estupro. Sim, isso é terrível! E esse pensamento é mais comum do que parece.
  Nem preciso dizer que minha opinião é em defesa da vítima, nem preciso dizer que sou contra o estupro. Isso deveria ser idéia básica na mente de qualquer pessoa sã. Mas escrevo esse texto, numa tentativa de organizar minhas próprias idéias sobre, enumerando fatos para uma melhor explicação. Vamos a elas:

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Desperdício

  Já parou pra pensar? Eu particularmente não paro para pensar, geralmente penso enquanto faço algo, enquanto me movo, tomo banho, como, ou faço qualquer coisa que não exija grande concentração.
  Mas já parou para pensar quanto açúcar você consome? No decorrer de nossa história, o homem primitivo caçador-coletor vivia sua vida na eterna busca da sobrevivência. A gordura era uma fonte de energia muito útil, uma vez que tal pessoa naquela época gastava muita energia para caçar e se locomover - e poderia ficar dias sem encontrar alimento satisfatório. Frutas com bastante frutose eram as preferidas, pois também davam longas doses de energia. Mas ainda nesse ritmo, o homem primitivo não consumia níveis de açúcar como consumimos hoje.

  Nosso cérebro se acostumou a achar o açúcar bom, pois sempre o encarou como energia, e sempre como uma necessidade, de um mundo onde achar comida é difícil. Porém o mundo mudou, e com ele veio as revoluções industriais. "Achar" açúcar nunca foi tão fácil. Produzimos toneladas disso por mês. Podemos comprar quilos de açúcar no mercado. Se o homem primitivo visse isso, acharia que estava no paraíso, e com razão.
  Açúcar é tão bom para nosso paladar que o consumimos bastante, mas nosso corpo não está preparado para essa quantidade toda. Talvez no futuro, com milhares de gerações pra frente, nossos corpos se adaptem ao novo paradigma, mas não ainda.

  Eu consumo muito açúcar, em especial no café. Consumo mais açúcar que todos os caçadores-coletores de uma tribo consumiram durante toda a vida, e nem tenho o gasto de energia que eles tem. Também consumo mais água do que muita gente com sede na áfrica, e muito mais comida. Consumo mais energia elétrica que muitos por aí, e também tenho mais tempo livre que trocentos trabalhadores-escravos da china.
  Já consumi muito mais informação que um Rei na idade média, e já tomei mais banhos que um pintor renascentista. Já assisti mais filmes que os irmãos Lumière e escutei mais músicas que Aristóteles.

  Isso não faz de mim especial. Muitos de minha era fizeram muito mais coisas que eu já fiz, e além. Mas o que me incomoda é que outras pessoas fizeram muito mais coisas com muito pouco. Com muito menos açúcar no sangue, consumindo menos água ou comida, tomando menos banhos, escutando menos músicas ou vendo menos filmes. Com menos tempo livre e menos energia elétrica. Já eu, vivo no luxo, e não aprendi a valorizar. Vivo no paraíso, e o paraíso me tornou fraco para o mundo, relaxado.
  Estou desperdiçado minha vida, tendo o potencial para fazer muito mais do que muitos podiam.
  O que falta? Dedicação, disciplina ou iniciativa? Açúcar certamente que não é.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Teoria da 'pilha-tempo'

  Vasculhando memórias de minha infância, percebo um evento de menor significância, mas que hoje me faz pensar bastante. Em algum natal esquecido (eu acho), eu e minhas primas ganhamos um 'pianinho' de presente de algum parente em comum - ou nossas mães combinaram de dar o mesmo item. Não importa, fato é que eu e elas tínhamos aquele piano. O troço tinha seu tecladinho, que funcionava até bem, e um monte de outros botões coloridos com figuras de animais, que quando se apertava, saia o som de vaca e galinha. Havia um botão maior que os outros também, que quando se apertava o piano produzia uma melodia pré-programada, que se não me engano era a música do "Seu lobato tinha um sítio...". Hoje penso o quão infernal era três crianças tocando isso o dia inteiro pela casa. Vai ver é o motivo de eu ter "perdido" o piano - e com ele minhas habilidades musicais. Poderia me tornar um Mozart da vida, mas foi arruinado.

  Onde quero chegar é: Certa vez, minhas irmãs, que são mais velhas que eu, decidiram fazer um experimento científico envolvendo meu piano com o da minha prima. Elas iriam apertar o botão maior, que tocava "seu lobato" ao mesmo tempo, e esperar pra ver o que acontecia. Com um pouco de treino, chegou o momento em que elas conseguiram alinhar o som, tornando a música tocada pelos dois pianos um unissomo. Só que algo engraçado acontecia: depois de uns dez segundos de música, os pianos perdiam a sincronia, e um deles ficava atrasado em relação ao outro. Isso nos dava gostosas gargalhadas (não sei porque) e vivíamos a repetir o feito. A explicação que nos foi dada na época era a mais óbvia: que a pilha de um dos pianos estava mais fraca, isso fazia com que a música fosse se atrasando em micro-segundos, e deixando a melodia mais pra trás em relação à outra. Nunca chegamos a testar essa hipótese (comprando pilhas novas para os dois pianos e vendo no que dá), mas isso também nem era importante. O piano se atrasava e pronto, era a vida, pra que insistir?

  Mas hoje eu acabo por me pegar pensando no fato. E se não forem as pilhas as responsáveis? E se, na verdade o tempo de um piano corresse diferente do tempo de outro piano? Ora, pela navalha de occam, as pilhas que eram as responsáveis, certamente. Porém minha mente vagueia por universos de possibilidades, e uma pitada de fantasia e LSD não dói (não uso drogas!).
  Se o tempo poderia  correr diferente de um piano para o outro, então poderia acontecer com as pessoas também. E eu sei que isso acontece de verdade, com a teoria da relatividade de Einstein. Acontece com nossos satélites, acontece em aviões... Só que para acontecer é preciso estar em movimento. Os pianos estavam parados. Mas a música (ondas sonoras) se movimentavam... Enfim, acaba que sempre penso que o que eu vejo como 'presente' não é o mesmo 'presente' de outrem. Posso conversar com uma pessoa, mas o que me garante que esse 'momento do agora' para mim não é uma lembrança daquela pessoa, que está no futuro do meu agora lembrando de nossa conversa?
  Ficou confuso, e está tarde. Hora de dormir porque amanhã tenho aula. Mas veja, amanhã para meu agora. Se você ler isso em outra época, já será passado. Maldito seja o tempo, e o sítio do seu lobato!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A serpente e a pomba

  Às vezes me pego pensando em coisas na qual a sociedade de uma maneira geral considera bem polêmica.
Eu sei que tal coisa é relativa, mas tenho um pouco de vergonha em expressar tais coisas, e esse blog pode servir como um pontapé inicial nesse tipo de serviço.
  Um exemplo disso foi hoje. Me peguei pensando no papel de prostitutas e garotas de programa - e em atrizes pornô - em nossa sociedade. Muitos falam que são "mulheres da vida", e que não merecem nossa atenção. As chamam de 'destruidoras de família', e até de coisas piores. Só que se você parar pra pensar, a coisa não é exatamente como muitos julgam ser.

Vejamos: no passado havia as chamadas "sacerdotisas do templo", mulheres que adoravam deusas como Astarte e Afrodite - deusas do amor e da sexualidade, de uma maneira geral. Tais sacerdotisas tinham como função levar o amor para os outros, de todas as maneiras possíveis. Para citar rapidamente, deixo um fragmento de texto retirado desse site:


O real papel da filha de Afrodite é pregar o AMOR independente de tudo. Ela como qualquer outro ser humano possui suas fragilidades e medos, porém deve estar treinada para não demonstrar isso aos que a rodeiam. Tem que ser capaz de quando necessário romper as barreiras de sua delicadeza e buscar máxima força. Para muitos magos e estudiosos, Afrodite é a mais poderosa do Olimpo. Por quê? Porque foi ela quem dominou humanos e mortais com o seu amor, inclusive Zeus, o Deus dos Deuses. A Deusa do AMOR sempre foi temida entre as deusas e suas provocações sempre foram aquelas que aconteciam das formas mais sutis, porém eram as mais dolorosas nas outras deidades.



Na Grécia Antiga, a Sacerdotisa de Afrodite dedicava-se única e exclusivamente a essa divindade. Viviam em templos que honravam a Deusa do AMOR e eram as mais desejadas das Polis (cidades-estados da Grécia antiga). Normalmente iniciavam JOVENS rapazes na vida sexual e traziam alegria àqueles que não  viam mais graça na vida. Grande parte delas eram conhecidas como “prostitutas sagradas”, mas diferente da prostituta comum que vende o prazer, elas trabalhavam energética e emocionalmente em cada indivíduo. Era comum que se prostituíssem para levantar fundos destinados às melhoras dos templos.



  Hoje esse tipo de prática foi perdida, e só nos restou as prostitutas mundanas. Porém tenho certeza que o trabalho espiritual de muitas delas ainda é o mesmo, em oitavas baixas. Tais mulheres são corajosas por natureza, e deveriam ser respeitadas. Gostaria de dizer mais sobre elas, de expor sua importância, mas hoje sou incapaz de fazer. Não porque eu não sei, mas porque não estou na pele delas para poder expressar seu total significado.
  Por um mundo onde o amor seja mais livre, e não tenha tanto preconceito. Se não fosse tais mulheres, muitos homens teriam sua libido reprimida, podendo acabar se tornando grandes estupradores e assassinos. Amor cura, amor dissolve energias, amor transmuta. Mesmo parecendo algo extremamente banal e tosco, a essência ainda é a mesma. Portanto, trate mulheres com respeito, pois elas são o cálice sagrado por onde a vida se manifesta.
:)


Surpreendendo garotas de programa no dia dos namorados from Sweetlicious Tube on Vimeo.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Combustível vital

  A vontade: quente, expansiva, rápida e momentânea.
  Assim é o fogo. Em uma explosão, consome tudo em sua volta. Destrói, purifica. E depois se apaga, deixando apenas seus rastros. Em sua natureza, o fogo não contém matéria, ele é plasma, um produto de uma reação com o ar. Da mesma forma, a vontade só brota quando se tem uma ideia em jogo. Ninguém cria vontade do nada, ninguém acorda animado por motivo algum. Todos nós traçamos objetivos com nossa mente para um determinado fim. Projetamos nossa ideia na mente (ar), e com a vontade, nosso fogo, caminhamos em direção a ela.
  O fogo aqui também representa a fagulha espiritual, e esta também se encaixa bem com a vontade. Uma pessoa depressiva, sem motivação, sem fé na vida, perdeu seu fogo. Ela não consegue ver mais propósito em existir, e perde a conexão com aquilo que lhe é mais divino (si mesmo) e fica na escuridão, sem a luz do fogo. Sem vontade, ninguém se move, sem um combustível, ninguém avança. O problema é que nosso fogo é limitado. Há dias que estamos completamente motivados, e há dias que não conseguimos sair da cama. Seria o fogo tão volátil quanto a água? Ou somos nós que não sabemos usar seu potencial?

quarta-feira, 16 de março de 2016

"Como foi a imaginação que criou o mundo, ela o governa" - Charles Baudelaire

Quem veio primeiro? Essa pergunta é o cerne de muito papo filosófico por aí. A verdade é que ninguém
sabe com perfeição sobre tais questões. Tudo que nos resta é teorizar sobre, vendo àquelas que são mais palpáveis com a nossa realidade atual.

Muito se fala de um criador do universo. "É Deus, mamãe". Deus fez tudo, fez todas as coisas. Deus criou o mar, a terra, os homens, o livre-arbítrio. Deus criou a ideia, o pensamento, o questionamento. Deus criou a dúvida. Mas quem criou Deus? Ele mesmo? Ou ele já existe? O que há antes dele? Nada?

A evolução natural explica que todas as coisas vieram de outras, que vieram de outras. Uma coisa sempre "se transformando" em outra coisa. Elementos químicos tentando buscar sua estabilidade, acabam por soltar soltar prótons no meio - e muitas vezes transformar prótons em nêutrons e nêutrons em prótons - e terminam por virarem outros elementos. Um Chumbo (Pb) instável no ambiente, ao liberar uma partícula Alfa, termina por 'se transformar' em Mercúrio (Hg). O ciclo não termina. E se voltarmos lá atrás, no famoso 'Big Bang', veremos que tudo que existia era energia condensada num único ponto. Não há espaço para um 'deus' nessa situação. Todas as coisas acontecem de forma completamente natural, de acordo com as leis que temos no universo.

Só que ainda não podemos descartar a ideia de Deus tão facilmente, pois há centenas de milhares de pessoas que acreditam em um deus - não somente o deus cristão. De onde ele veio? Algum cético-ateu se contentaria em dizer que essa ideia de deus foi apenas uma solução elegante para justificar e explicar tudo que existe. Porém eu não acho que seja tão simples.

Veja: Há pessoas que acreditam cegamente numa ideia abstrata - como deus -, isso é um fato. Porém você não pode generalizar. Não só eu, mas muitos por aí já tivemos experiências empíricas de forças e seres que não podem - atualmente - serem explicados por nossa ciência ortodoxa. Ora, de onde veio Exú Caveira? De onde veio Ashtar Sheran? De onde veio o Monstro do Espaguete Voador?
Alguns podem afirmar que tais seres existem em uma realidade paralela à nossa, e que não participam das mesmas leis físicas.
Ok, é uma explicação, mas ainda não me responde.

Pra mim tais seres - e tudo que é sobrenatural e até mesmo natural - vieram da nossa imaginação.
Não entenda errado. Não estou dizendo que, ao imaginar uma coisa, você automaticamente a cria. Embora essa afirmação seja verdadeira em muitas correntes ocultistas, uma simples imaginação não é capaz de criar algo fixo no mundo, é preciso considerar muitos outros elementos.
Falo aqui de uma imaginação coletiva, de algo que acabe por cair na mente de muitos - como um meme de internet, embora esse exemplo seja tosco.

Carl G. Jung costumava dizer que os famosos discos voadores nada mais eram que uma re-leitura dos mitos antigos. No passado, os deuses antigos eram representados com discos solares que eram brilhantes e ardiam em chamas. Hoje temos coisas semelhantes, mas com uma  pitada de tecnologia, bem à moda e ao estilo da nossa atual era atômica.
O que ele quis dizer foi que nossos mitos e 'coisas sobrenaturais' mudaram à medida em que nossa sociedade também mudava. Uma perfeita evolução natural [lembrando que evolução natural não trata do mais forte ou melhor, e sim do mais apto para o meio] de nossos mitos.
Ainda na pegada de discos voadores e E.T.s, podemos considerar outro fato: sempre que saia um filme famoso sobre alienígenas no mercado, rapidamente aparecia relatos de pessoas que viram e avistaram seres semelhantes aos do filme. Isso para os céticos é uma evidência forte de que as pessoas estão inventando tudo, mas pra mim é uma evidência forte de que a mente coletiva cria e molda a realidade.

Então retomando o ponto inicial. Quem criou Deus? Nós, com nossa imaginação.
Isso pode parecer complexo para alguns, então vou tentar explicar colocando nomes aos bois.
Vamos separar duas coisas, dando nome de "Forma" e "Caos".

Todas as coisas existem no Caos. O Caos pode ser comparado ao Big Bang, um mar de possibilidades e energia concentrada.
A Forma é a matrix. A coisa que dá forma e substância ao Caos.
Deus existe e sempre existiu, mas no Caos. Quando o homem teve tempo para pensar e formular teorias de como o universo foi feito, ele criou Deus. Isto é: ele tirou Deus do Caos e deu uma Forma para ele. Assim Deus passou a existir no mundo da Forma - que é o nosso.
Sempre houveram por aí "coisas" pelo céu, voando e o escambau. Mas tais coisas nunca apareceram no nosso mundo, porque não havia uma Forma para elas aqui. Assim que começou a era atômica, as tecnologias absurdas e o 'medo' de invasores do espaço (vide obras de H.P.Lovecraft), nós demos uma Forma para tais seres, e agora eles podem se manifestar.

Usando termos Junguianos, acho que posso dizer que o Caos à qual me refiro é o 'Arquétipo', e a Forma é a 'Casca'.
A Forma ou a Casca muda de cultura para cultura, de época para época, de situação para situação. Seguindo os moldes da evolução natural deste mundo.
Já o Caos ou o Arquétipo são o cerne de tudo, e são imutáveis, podendo ou não se manifestarem aqui.

Puxando para um lado ocultista: Quando você imagina, você cria uma casca, e essa casca tenderá a ser preenchida por uma energia (Caos). Imaginar é criar coisas, sempre!
Quando alguém pensou em criar uma cadeira, ele imaginou todo o design da cadeira de madeira (Forma), mas a ideia original era ter um local para sentar e relaxar (Caos). Nós temos cadeiras, bancos, cama, divã... Todas essas coisas tem o mesmo Caos-Arquétipo, mas com diferentes Formas-Cascas.

Nós não criamos as coisas propriamente, nós apenas damos forma à elas. Somos co-criadores.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

On a Plate

  Nossa sociedade venera a meritocracia - a capacidade das pessoas de conquistarem seu próprio terreno, com seu próprio esforço e dedicação. Eu pessoalmente também adoro essa idéia. Poder controlar sua própria vida, suando a camisa para que seus projetos deem certo é uma boa. Porém é preciso lembrar que na corrida dos ratos, alguns ratos acabam por largar na frente. Seja por terem uma vida financeira mais estável, seja por terem acesso à informação melhor... A verdade é que não somos iguais, não temos a mesma base - e é aí que nossa sociedade, e todo o sistema meritocrático que acreditamos, começa a falhar.

  Abaixo deixo uma tira de como esse processo funciona. Da próxima vez que você pensar que foi tudo seu esforço, pense novamente: não existe almoço grátis. Se você chegou onde chegou não foi só pelo seu esforço, mas pelo de muitos. Isso não é bom nem ruim, é apenas como a vida é. Então não adianta querer rebaixar alguém por "não se esforçar". É verdade que tem aqueles que são preguiçosos e 'encostadores' por puro comodismo, mas jamais se esqueça de considerar as dezenas de fatores que deixaram o cidadão ficar em tal estado.
  E às vezes é preciso de um pouco de rigor na vida para lapidar a vontade. Tudo é válido, ninguém é melhor que ninguém.




Retirado daqui.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Aquário na cabeça

  Em uma tarde chuvosa, uma garotinha de apenas onze anos se dirige à biblioteca de sua cidade. Como uma boa leitora, ela cria rapidamente seu cartão na biblioteca e leva pra casa livros de autores famosos, como Agatha Christie, Júlio Verne, Bram Stoker, Mary Shelley e J.R.R.Tokien. Tudo isso sem pagar nada, afinal a biblioteca é pública, tendo como regra apenas a devolução do livro em um tempo específico.
  A garotinha devora suas obras prediletas, e assim que termina, já devolve e escolhe outros livros que jamais leu. Outros frequentadores da biblioteca acabarão por pegar os mesmos livros que ela e se maravilharem também. No final de um ano, um livro bem popular foi emprestado pelo menos trinta vezes! Foram trinta leitores que não pagaram nada pelo livro, apenas assumiram o compromisso de, assim que terminarem de ler, devolverem.
  Desses trinta leitores, pelo menos três devem gostar tanto do livro que tenderão a comprar uma cópia em uma livraria próxima, apenas para exibir em sua prateleira doméstica. Dos trinta que pegaram o livro - de graça - na biblioteca, somente três deram algum lucro para o autor da obra, e mesmo assim tais livros comprados podem não ser mais lidos, ficando esquecidos em armários empoeirados. Vida triste, essa dos livros domésticos. Antes ser um livro de biblioteca.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Normose



NORMOSE” [TRECHOS] Por Pierre Weil
“(…) A maneira mais simples de fazê-los entender do que se trata será contando um pouco do que se passou comigo há algumas décadas. Isso nos levará, ao mesmo tempo, aos aspectos pessoais e sociais que levaram à criação do conceito de normose. Lembro-me da crise existencial pela qual passei aos trinta e três anos de idade. Com o conhecimento que tenho hoje, identifico-a como conseqüência de uma normose. Foi, tipicamente, a crise de um normótico que ainda não sabia nada a respeito da normose. Fazia prosa sem o saber, como diz um jargão popular.

sábado, 28 de novembro de 2015

Afinal, o que é, de fato, a evolução?

Pokémon é um jogo que marcou toda uma geração. Um bando de crianças inseridas no novo e incrível mundo dos jogos portáteis, aprendendo da melhor maneira como a criar rinhas de brigas de animais mágicos. Muito bonito, muito educativo.
Eu joguei boa parte da minha infância e adolescência, e só não jogo hoje em dia porque não curto os pokémons atuais. Só considero os da primeira geração (RGB) e da segunda (silver & gold). O resto é tudo digimon, tudo criatura criada em laboratório.
E por que estou falando desse jogo? Porque nele há um conceito muito engraçado de evolução. No jogo, quando um pokémon atinge certo nível de poder, é dada a opção dele "evoluir". Ou seja: o pokémon passará por uma metamorfose instantânea que mudaria completamente sua forma física, seu nome e seus poderes (alguns). Assim, num passe de mágica, de uma hora pra outra, um pokémon evolui.

Para o jogo esse conceito de evolução funciona muito bem, pois afinal, é só um jogo. O problema vem quando as idéias do jogo começam a ultrapassar a barreira entre ficção e realidade. O problema é quando as pessoas do nosso mundo, o mundo 'real', começam a achar que é assim que a evolução natural - proposta por Charles Darwin - funciona.

domingo, 22 de novembro de 2015

Todos os caminhos levam à Roma

Caminhantenão há caminhofaz-se caminho ao caminhar.

  Gurus, mestres, professores e guias. Todos eles nos ajudam na nossa jornada pessoal. Todos tem sua própria jornada e experiência - e é inevitável que essa experiência pessoal acabe refletindo nos discípulos.
  Por mais sincero e neutro que algum mestre seja ele sempre vai ser tendencioso para as próprias crenças, sempre! Não se engane jovem padawan... Alguém que sabe magia mas tem fortes valores espíritas vai sempre ser inclinado para tal. Isso não é errado, é apenas a natureza interior da pessoa. Dentro do caminho que ele segue, pode ser perfeitamente bom misturar as duas coisas - só que é bom para ele. Será que é bom para todos? O que ele come a prato pleno, pode muito bem acabar sendo o seu veneno (o seu, não dele). 


  O que você deve ter em mente é que o caminho que ele escolheu não precisa ser exatamente o seu caminho! Na verdade é impossível que o caminho de alguém seja o caminho de outro.
  Ora, nós somos seres únicos. Em toda história da humanidade, tanto a que já aconteceu quanto a que vai acontecer; Em toda a história jamais houve alguém como você! Cada pessoa é exclusivamente especial e tem seu próprio caminho a ser seguido. Cabe a cada um de nós descobrir.


domingo, 15 de novembro de 2015

Aborto

Você é a favor do aborto? É engraçado, mas essa pergunta me incomoda. Ora, ninguém é a favor do
aborto em si - pelo menos ninguém em sã consciência. A pergunta correta seria: Você é a favor do direito das mulheres de escolherem terem ou não um filho?
Muito melhor. Afinal, é essa a idéia mesmo, caso contrário, iria parecer que somos assassinos de bebês, jogando-os para os crocodilos no rio.

E minha resposta é: Eu sou a favor do direito das mulheres de escolherem terem ou não um bebê.
Antes, no entanto, eu era contra. O motivo? Religião.
O cristianismo é basicamente contra o aborto, disso não podemos discordar. Alegam que o aborto vai contra a vida, ponto. E disso também não podemos discordar; mas falo disso mais adiante.
O ponto aqui é um seguimento do cristianismo na qual fazia parte: o espiritismo.


domingo, 11 de outubro de 2015

Humildade

Gosto de pensar que ser humilde não é se ajoelhar perante os outros, mas sim não deixar que ninguém se ajoelhe perante você. Se você entende que somos todos iguais, no mesmo nível, você entende que é um com todos, e não só você. Você entende que é a humanidade, se expressando em um corpo carnal específico.
Tudo que fizemos e faremos é para nós, humanos, e não para nosso indivíduo. Tudo um dia se esvai, mas o coletivo fica. E ainda que nossa raça humana entre em extinção, aquilo que você fez para o grupo mudou para sempre os rumos da história mundial.


Então deixe de ser a merda do mundo que faz tudo pra chamar a atenção, e se torne uma estrela, assim como cada homem e cada mulher está destinado a ser.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

sábado, 22 de agosto de 2015

O único poder que existe é o poder de ser você mesmo

Belíssimo texto, pego daqui.



A pessoa sábia, portanto, não procura mudar nada —
Apenas a realidade existe e você é Ela.
Apenas a consciência existe e você é Ela.
Apenas o amor existe e você é Ele.
Se você apenas percebesse quem você é você iria ser a pessoa mais feliz que jamais existiu, e eu digo feliz, totalmente feliz, de felicidade imutável.
Uma coisa dessas existes? Sim, existe.
Paz imutável.
Amor imutável.
Mas você escolheu se identificar com maya (ilusão), com a irrealidade, e por isso você acha que sofre.
Você acredita que sua vida não é o que deveria ser.
Você se compara aos outros.
Você quer fazer mudanças.
Como você deve saber a essa altura, quando você faz essas mudanças elas duram pouco, e então você volta ao que era antes.
A pessoa sábia, assim, realmente não busca mudar nada. Elas se tornam quietas. Elas tem paciência. Elas trabalham sobre si mesmas. Elas observam seus pensamentos, suas ações e se vêem ficando com raiva, observam-se entrando em depressão, observam-se ficando com ciúmes e inveja e todo o resto. Aos poucas elas percebem, “isso não sou eu. Isso é hipnose, é uma mentira”. Elas não reagem ao condicionamento. Quanto mais elas não reagem às condições, mais elas se tornam livres. Elas não se importam com que os outros estão fazendo. Não se comparam a ninguém. Não competem com ninguém. Simplesmente tomam conta de si mesmas. Atentas a si mesmas. Elas vêem a confusão mental. Elas não correm por aí gritando, “Eu sou a realidade absoluta. Eu sou Deus. Eu sou consciência”. Ao invés disso, elas vêem de onde estão vindo e deixam todos os demais em paz.
Um ser assim se abre muito rápido. Não faz diferença que categoria essa pessoa é. Não importa, porque tal ser já está livre. Quando a mente descansa no coração, isso significa que a mente não se projeta pra fora e não se identifica mais com o mundo, quando a mente descansa no coração há paz, há harmonia, há puro ser. Quando você permite à sua mente sair fora de Si mesmo, ela começa a comparar, a julgar, começa a se sentir ofendida, e não há paz. Não há descanso.
Como começar? Bem, primeiro você percebe o lugar em que está exatamente agora, não importa se acha que é bom ou mau, feliz ou triste, rico ou pobre ou doente ou saudável, o lugar onde você está neste momento é o lugar certo. Esse é o começo. Pare de querer ser alguém diferente. Pare de querer mudar sua vida. Você está no lugar certo, agora, exatamente como você é. Se você consegue ficar feliz e em paz no lugar onde você está agora, de repente você vai ver que as circunstâncias vão mudar a seu favor, e novamente você estará no lugar certo. Qualquer mudança que vier na direção do seu corpo e mente, você está no seu lugar certo. Quanto mais você ver isso, mais você conseguirá ver o que eu falei intelectualmente, inteligentemente, mais pacífico você se torna, mais padrões kármicos começam a se dissolver e você começa a acordar.
Pode ser gradual no começo. Você nota que as coisas que geralmente te incomodavam não mais te incomodam. Você nota que as pessoas com as quais você convive, os conflitos que tinham, eles param porque você parou. Não há mais tentativas de compensar nada. Não há mais tentativa de vencer nada. Não há mais tentativa de achar o livro certo, o professor certo ou a coisa certa. Você se mantém centrado. Você se mantém livre. Quando algo aparece, seja bom ou mau, você simplesmente senta onde você está e pergunta, “Para quem isso está vindo?”, e voce ri, porque você se separou de sua mente-corpo e começou a perceber que sua mente-corpo vai passar pela experiência mas não você.
Então não há nada com o que se preocupar. Nada a temer. Nada pode lhe perturbar. Nada pode lhe machucar. Você percebe que qualquer coisa que alguém faça ao seu corpo, fisicamente, ou com palavras, ou de outra maneira, não pode jamais, jamais lhe machucar, porque você não é seu corpo. Não importa o que alguém lhe diga, não importa o que você veja com seus olhos, não pode lhe afetar, porque você não é sua mente. Na verdade você separa Si mesmo de seu corpo e da sua mente.
Isso é só o começo. Conforme você avança, sua mente e seu corpo caem. Não significa que você morre. Significa que eles se tornam menos e menos importantes pra você, e você não se identifica mais com elas. Você sabe, e sente, e experimenta, que seu corpo e sua mente não existem, e ainda assim você existe. Você não existe como seu corpo ou sua mente. Você existe como realidade absoluta, como consciência, e não mais acredita que seu corpo e sua mente são uma modificação da consciência. Você simplesmente sabe que não há corpo nem mente. Você é sem ego. Não há razão para seu corpo, mente e o mundo existirem.
Você pode primeiro sentir isso levemente, mas você notará que quanto maior a sensação, maior a felicidade. Você estará começando a se fundir na consciência. Você está começando a sentir a realidade. O mundo vai em frente, as pessoas fazem o que sempre fazem, e ainda assim você vê tudo diferentemente. Você não vê mais o mundo que costumava ver. É como ler uma revista. As imagens na revista estão na sua frente mas você não é a revista nem as imagens. Quem você é ainda pode ser um mistério. Lembre-se, enquanto você puder expressar algo, não é isso. Portanto você não sai por aí dizendo a todo mundo, “Eu sou realidade pura”, ou “Eu sou a consciência”. Você se mantém em silêncio. Pelos frutos você os conhecerá. Você se torna uma luz num mundo de escuridão. As pessoas automaticamente cercam você e se sentem bem ao seu redor. Você encontrou a paz. Sempre foi você. Na verdade você não achou nada. Você simplesmente se tornou você mesmo.”

Por ROBERT ADAMS

domingo, 19 de julho de 2015

Postura do Tao

Texto muito bonito, retirado daqui.

Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte da sua energia vital (chi). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia.

Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de chi.

Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Leite materno

A emoção: temperada, turbulenta e transparente.
A água desce da chuva em gotas, escorre pelas calhas e corre pelas tubulações. Ela flui, se molda conforme
o ambiente na qual se encontra. Se está num copo, ela preenche o copo; se está em movimento, assume a forma de..."correntes".
Assim sendo, as emoções de cada indivíduo se adapta como necessário.

Em outras palavras, todos são capazes de amar, ser feliz ou odiar e ficarem tristes, mas há espaço para que a água se molde assim, dentro de ti?
Emoções da água são voláteis, incertas. Emoções do fogo são quentes e turbulentas. Enquanto a água se dobra perante tudo, o fogo explode, queima tudo. Emoções de fogo tem o pavio curto, que sem o devido controle, pode acabar queimando alguém. A água não queima, mas acolhe. De certa forma, ambas as emoções tem seu valor. A emoção "fogo" é necessária para queimar e transmutar velhos sentimentos acabados, de amores que se foram e que não voltarão mais. Se essa função fossa da água, estaríamos mortos, pois a água nutre, alimenta, rega. Eis aí um grande perigo! Porém, se a água for direcionada para o caminho correto, poderá regar novas esperanças, novos amores, novos encontros consigo mesmo.
A emoção da água é lunar, é nostálgica. Ela nos faz lembrar dos momentos felizes, dos tristes, nos faz chorar, nos provoca empatia... A emoção do fogo é marcial, é violenta. Ela nos deixa irados, turbulentos, ferventes.

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