Alguém, em algum momento, disse que a internet veio para espalhar o conhecimento, nos tornando novos gênios. Essa idéia soa fantástica: pessoas aprendendo idiomas novos, aprendendo matemática avançada, ciência mostrada em vídeo, história da arte... tudo virtualmente, tudo sem sair de casa. Em um ano, um jovem poderia aprender 3x mais que um mesmo jovem demoraria o dobro de tempo. Porém infelizmente não é isso que acontece.
Gastamos tempo criando cultura inútil, fazendo vídeos como banheira de nutella, amoeba, olha no que deu... Perdemos tempo com teorias malucas da terra plana, illuminatis, vacinas para controle mundial e aquecimento global é uma farsa. Revivemos o medo do diabo, do comunismo, dos repitilianos... Criamos pessoas presas em jogos de computador que vampirizam suas vidas, castrando sua imaginação e criando um escapismo da realidade. Polarizamos nossas mentes para "esquerda" e "direita" e rotulamos qualquer pessoa que pense o contrário de nós como nazista ou idiota útil.
É evidente que a internet tem coisas boas, talvez mais coisas boas que coisas ruins. O problema é o impacto. Programas de TV sensacionalistas só mostram uma faceta da realidade: a violência nas grandes cidades. Nos tornamos alienados para aquela realidade mostrada na TV, achando que aquilo é tudo que existe, como o mito da caverna de Platão. Nos acostumamos tanto a isso que em nossas mentes reproduzimos esse pessimismo em tudo que vemos e fazemos. Sempre tendemos a ver o pior lado.
A lua não tem luz própria, seu brilho é proveniente do próprio sol, que bate seus raios nela e reflete no nosso planeta. É um "falso" astro, assim como nossa percepção negativa das coisas hoje em dia, porém seu impacto ainda é bastante real. Lobos negros ainda uivam pra ela nas noites frias.
Penso que a internet chegou pra ficar. Penso também que não nos tornaremos gênios, a alienação infelizmente é mais forte, no entanto, talvez alguns de nós consigam usar essas ferramentas para se tornar gênios. Poucos de nós.
A única maneira de fazer isso é se ocultando nas névoas, fechando as portas do templo, restringindo somente aos que tem sede de conhecimento. A internet abriu as portas para o mundo, dando conhecimento democrático para todos. Ninguém quis, preferiram se afundar ainda mais. Nosso sistema falhou, é hora de voltar para nossa torre de marfim. A ciência em breve não terá mais voz, tampouco o ocultismo e filosofias mais nobres. É melhor se esconder, se aprimorar entre nós, e deixar essa onda passar (se passar).
É hora das sociedades secretas voltarem a ser novamente secreta.
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sexta-feira, 7 de julho de 2017
sábado, 9 de julho de 2016
Essa é a minha opinião
- "O senhor poderia me explicar a Lei da Relatividade?"
E Einstein lhe respondeu:
"O senhor pode me explicar como se frita um ovo?"
O jornalista o olhou intrigado e respondeu:
- "Claro que sim, posso".
Ao que Einstein replicou:
- "Bem, então o faça, mas imaginando que eu não saiba o que é um ovo, nem uma frigideira, nem o óleo, nem o fogo..."
A pessoa pede sua opinião sobre o aborto, sobre liberações de drogas, sobre o impeatchment, sobre o brexit... E você, na maior inocência do mundo, lhe concede sua opinião. A pessoa te olha com cara de desdém, te chama de idiota e corta sua amizade. Essa é a vida no século XXI.
O que a pessoa não sabe é que ela ignora um pequeno detalhe: Você não formou sua opinião baseada em achismo ou qualquer coisa do tipo (pelo menos não deveria!). Você formou sua opinião lendo diversos livros, vendo vídeos sobre, ouvindo opiniões diversas, conversando com pessoas diversas... Não foi uma ideia conjurada do nada. Foi uma ideia construída com tempo e dedicação de estudo. Uma ideia lapidada ao longo do tempo, que foi se modificando, se ampliando, se melhorando.
Porém, para a pessoa isso não interessa. Se suas ideias não batem com as ideias dela, você é um imbecil, um idiota útil, um direitista/esquerdista.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Desperdício
Já parou pra pensar? Eu particularmente não paro para pensar, geralmente penso enquanto faço algo, enquanto me movo, tomo banho, como, ou faço qualquer coisa que não exija grande concentração.
Mas já parou para pensar quanto açúcar você consome? No decorrer de nossa história, o homem primitivo caçador-coletor vivia sua vida na eterna busca da sobrevivência. A gordura era uma fonte de energia muito útil, uma vez que tal pessoa naquela época gastava muita energia para caçar e se locomover - e poderia ficar dias sem encontrar alimento satisfatório. Frutas com bastante frutose eram as preferidas, pois também davam longas doses de energia. Mas ainda nesse ritmo, o homem primitivo não consumia níveis de açúcar como consumimos hoje.
Nosso cérebro se acostumou a achar o açúcar bom, pois sempre o encarou como energia, e sempre como uma necessidade, de um mundo onde achar comida é difícil. Porém o mundo mudou, e com ele veio as revoluções industriais. "Achar" açúcar nunca foi tão fácil. Produzimos toneladas disso por mês. Podemos comprar quilos de açúcar no mercado. Se o homem primitivo visse isso, acharia que estava no paraíso, e com razão.
Açúcar é tão bom para nosso paladar que o consumimos bastante, mas nosso corpo não está preparado para essa quantidade toda. Talvez no futuro, com milhares de gerações pra frente, nossos corpos se adaptem ao novo paradigma, mas não ainda.
Eu consumo muito açúcar, em especial no café. Consumo mais açúcar que todos os caçadores-coletores de uma tribo consumiram durante toda a vida, e nem tenho o gasto de energia que eles tem. Também consumo mais água do que muita gente com sede na áfrica, e muito mais comida. Consumo mais energia elétrica que muitos por aí, e também tenho mais tempo livre que trocentos trabalhadores-escravos da china.
Já consumi muito mais informação que um Rei na idade média, e já tomei mais banhos que um pintor renascentista. Já assisti mais filmes que os irmãos Lumière e escutei mais músicas que Aristóteles.
Isso não faz de mim especial. Muitos de minha era fizeram muito mais coisas que eu já fiz, e além. Mas o que me incomoda é que outras pessoas fizeram muito mais coisas com muito pouco. Com muito menos açúcar no sangue, consumindo menos água ou comida, tomando menos banhos, escutando menos músicas ou vendo menos filmes. Com menos tempo livre e menos energia elétrica. Já eu, vivo no luxo, e não aprendi a valorizar. Vivo no paraíso, e o paraíso me tornou fraco para o mundo, relaxado.
Estou desperdiçado minha vida, tendo o potencial para fazer muito mais do que muitos podiam.
O que falta? Dedicação, disciplina ou iniciativa? Açúcar certamente que não é.
Mas já parou para pensar quanto açúcar você consome? No decorrer de nossa história, o homem primitivo caçador-coletor vivia sua vida na eterna busca da sobrevivência. A gordura era uma fonte de energia muito útil, uma vez que tal pessoa naquela época gastava muita energia para caçar e se locomover - e poderia ficar dias sem encontrar alimento satisfatório. Frutas com bastante frutose eram as preferidas, pois também davam longas doses de energia. Mas ainda nesse ritmo, o homem primitivo não consumia níveis de açúcar como consumimos hoje.
Nosso cérebro se acostumou a achar o açúcar bom, pois sempre o encarou como energia, e sempre como uma necessidade, de um mundo onde achar comida é difícil. Porém o mundo mudou, e com ele veio as revoluções industriais. "Achar" açúcar nunca foi tão fácil. Produzimos toneladas disso por mês. Podemos comprar quilos de açúcar no mercado. Se o homem primitivo visse isso, acharia que estava no paraíso, e com razão.
Açúcar é tão bom para nosso paladar que o consumimos bastante, mas nosso corpo não está preparado para essa quantidade toda. Talvez no futuro, com milhares de gerações pra frente, nossos corpos se adaptem ao novo paradigma, mas não ainda.
Eu consumo muito açúcar, em especial no café. Consumo mais açúcar que todos os caçadores-coletores de uma tribo consumiram durante toda a vida, e nem tenho o gasto de energia que eles tem. Também consumo mais água do que muita gente com sede na áfrica, e muito mais comida. Consumo mais energia elétrica que muitos por aí, e também tenho mais tempo livre que trocentos trabalhadores-escravos da china.
Já consumi muito mais informação que um Rei na idade média, e já tomei mais banhos que um pintor renascentista. Já assisti mais filmes que os irmãos Lumière e escutei mais músicas que Aristóteles.
Isso não faz de mim especial. Muitos de minha era fizeram muito mais coisas que eu já fiz, e além. Mas o que me incomoda é que outras pessoas fizeram muito mais coisas com muito pouco. Com muito menos açúcar no sangue, consumindo menos água ou comida, tomando menos banhos, escutando menos músicas ou vendo menos filmes. Com menos tempo livre e menos energia elétrica. Já eu, vivo no luxo, e não aprendi a valorizar. Vivo no paraíso, e o paraíso me tornou fraco para o mundo, relaxado.
Estou desperdiçado minha vida, tendo o potencial para fazer muito mais do que muitos podiam.
O que falta? Dedicação, disciplina ou iniciativa? Açúcar certamente que não é.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
A serpente e a pomba

Eu sei que tal coisa é relativa, mas tenho um pouco de vergonha em expressar tais coisas, e esse blog pode servir como um pontapé inicial nesse tipo de serviço.
Um exemplo disso foi hoje. Me peguei pensando no papel de prostitutas e garotas de programa - e em atrizes pornô - em nossa sociedade. Muitos falam que são "mulheres da vida", e que não merecem nossa atenção. As chamam de 'destruidoras de família', e até de coisas piores. Só que se você parar pra pensar, a coisa não é exatamente como muitos julgam ser.
Vejamos: no passado havia as chamadas "sacerdotisas do templo", mulheres que adoravam deusas como Astarte e Afrodite - deusas do amor e da sexualidade, de uma maneira geral. Tais sacerdotisas tinham como função levar o amor para os outros, de todas as maneiras possíveis. Para citar rapidamente, deixo um fragmento de texto retirado desse site:
O real papel da filha de Afrodite é pregar o AMOR independente de tudo. Ela como qualquer outro ser humano possui suas fragilidades e medos, porém deve estar treinada para não demonstrar isso aos que a rodeiam. Tem que ser capaz de quando necessário romper as barreiras de sua delicadeza e buscar máxima força. Para muitos magos e estudiosos, Afrodite é a mais poderosa do Olimpo. Por quê? Porque foi ela quem dominou humanos e mortais com o seu amor, inclusive Zeus, o Deus dos Deuses. A Deusa do AMOR sempre foi temida entre as deusas e suas provocações sempre foram aquelas que aconteciam das formas mais sutis, porém eram as mais dolorosas nas outras deidades.
Na Grécia Antiga, a Sacerdotisa de Afrodite dedicava-se única e exclusivamente a essa divindade. Viviam em templos que honravam a Deusa do AMOR e eram as mais desejadas das Polis (cidades-estados da Grécia antiga). Normalmente iniciavam JOVENS rapazes na vida sexual e traziam alegria àqueles que não viam mais graça na vida. Grande parte delas eram conhecidas como “prostitutas sagradas”, mas diferente da prostituta comum que vende o prazer, elas trabalhavam energética e emocionalmente em cada indivíduo. Era comum que se prostituíssem para levantar fundos destinados às melhoras dos templos.
Hoje esse tipo de prática foi perdida, e só nos restou as prostitutas mundanas. Porém tenho certeza que o trabalho espiritual de muitas delas ainda é o mesmo, em oitavas baixas. Tais mulheres são corajosas por natureza, e deveriam ser respeitadas. Gostaria de dizer mais sobre elas, de expor sua importância, mas hoje sou incapaz de fazer. Não porque eu não sei, mas porque não estou na pele delas para poder expressar seu total significado.
Por um mundo onde o amor seja mais livre, e não tenha tanto preconceito. Se não fosse tais mulheres, muitos homens teriam sua libido reprimida, podendo acabar se tornando grandes estupradores e assassinos. Amor cura, amor dissolve energias, amor transmuta. Mesmo parecendo algo extremamente banal e tosco, a essência ainda é a mesma. Portanto, trate mulheres com respeito, pois elas são o cálice sagrado por onde a vida se manifesta.
:)
Surpreendendo garotas de programa no dia dos namorados from Sweetlicious Tube on Vimeo.
quinta-feira, 31 de março de 2016
segunda-feira, 28 de março de 2016
Diálogo com Espíritos - Consciência Política
Não só eu, mas meu amigo Comentarista também tem Saturno em Aquário e/ou Peixes. Essa energia lhe traz consciência social e restrição ao comportamento das massas. Tanto eu quanto ele somos anarquistas, e volta e meia discutimos soluções possíveis para nosso cotidiano em sociedade. Nesse vídeo, a entidade auto-proclamada "Exú Marabô" participa de um diálogo sobre os rumos da política do nosso país - e mais, diz sobre como nos comportamos e como deveria ser o mundo.
Tudo que ele diz no vídeo bate perfeitamente com os ideais do anarquismo filosófico, do satanismo de lavey e do budismo theravada. Todas as idéias que defendo aqui no blog, reunidas num só lugar, e explanadas de maneira épica. Direta, sem firulas ou panos quentes.
Testemunhe!
Tudo que ele diz no vídeo bate perfeitamente com os ideais do anarquismo filosófico, do satanismo de lavey e do budismo theravada. Todas as idéias que defendo aqui no blog, reunidas num só lugar, e explanadas de maneira épica. Direta, sem firulas ou panos quentes.
Testemunhe!
(vale a inscrição no canal do Jefferson)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
On a Plate
Nossa sociedade venera a meritocracia - a capacidade das pessoas de conquistarem seu próprio terreno, com seu próprio esforço e dedicação. Eu pessoalmente também adoro essa idéia. Poder controlar sua própria vida, suando a camisa para que seus projetos deem certo é uma boa. Porém é preciso lembrar que na corrida dos ratos, alguns ratos acabam por largar na frente. Seja por terem uma vida financeira mais estável, seja por terem acesso à informação melhor... A verdade é que não somos iguais, não temos a mesma base - e é aí que nossa sociedade, e todo o sistema meritocrático que acreditamos, começa a falhar.
Abaixo deixo uma tira de como esse processo funciona. Da próxima vez que você pensar que foi tudo seu esforço, pense novamente: não existe almoço grátis. Se você chegou onde chegou não foi só pelo seu esforço, mas pelo de muitos. Isso não é bom nem ruim, é apenas como a vida é. Então não adianta querer rebaixar alguém por "não se esforçar". É verdade que tem aqueles que são preguiçosos e 'encostadores' por puro comodismo, mas jamais se esqueça de considerar as dezenas de fatores que deixaram o cidadão ficar em tal estado.
E às vezes é preciso de um pouco de rigor na vida para lapidar a vontade. Tudo é válido, ninguém é melhor que ninguém.
Retirado daqui.
Abaixo deixo uma tira de como esse processo funciona. Da próxima vez que você pensar que foi tudo seu esforço, pense novamente: não existe almoço grátis. Se você chegou onde chegou não foi só pelo seu esforço, mas pelo de muitos. Isso não é bom nem ruim, é apenas como a vida é. Então não adianta querer rebaixar alguém por "não se esforçar". É verdade que tem aqueles que são preguiçosos e 'encostadores' por puro comodismo, mas jamais se esqueça de considerar as dezenas de fatores que deixaram o cidadão ficar em tal estado.
E às vezes é preciso de um pouco de rigor na vida para lapidar a vontade. Tudo é válido, ninguém é melhor que ninguém.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Normose
“NORMOSE” [TRECHOS] Por Pierre Weil
“(…) A maneira mais simples de fazê-los entender do que se trata será contando um pouco do que se passou comigo há algumas décadas. Isso nos levará, ao mesmo tempo, aos aspectos pessoais e sociais que levaram à criação do conceito de normose. Lembro-me da crise existencial pela qual passei aos trinta e três anos de idade. Com o conhecimento que tenho hoje, identifico-a como conseqüência de uma normose. Foi, tipicamente, a crise de um normótico que ainda não sabia nada a respeito da normose. Fazia prosa sem o saber, como diz um jargão popular.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Como eu me tornei Tyler Durden

Alguns adoram Jesus, Buda, Exú, Bolsonaro ou Aleister Crowley. Eu não adoro ninguém. Na verdade, esse é o maior erro dos idiotas: a adoração.
Veja bem, um herói não está ali para ser idolatrado; um herói está ali para dar o exemplo, para servir de modelo para como você deve ser - ou em quem você deveria se inspirar.
Quando se coloca um ídolo num pedestal, você perde grande parte do jogo, acredite. Quando se adora uma personalidade, você acaba negando a si mesmo, a sua própria essência. Você nega que você mesmo é capaz de se tornar o herói, e fica a vida inteira esperando que o Superman venha até sua cidade salvar o gatinho lindo que ficou preso na árvore. Quando se adora uma personalidade, você perde seu próprio brilho, se torna um preguiçoso de merda e fica acomodado.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
O temível Dragão de Névoa
O samurai urbano se prepara para um desafio, talvez um desafio mortal.
Durante toda a sua vida, o samurai teve que viver escondido, com vergonha, pelo fato de não aceitar a si mesmo como é. Era tímido, quieto, introvertido. Não se engane, pois, o samurai ainda é assim! Só que agora é diferente...
O samurai urbano cursa Radiologia. O samurai urbano é tímido, não gosta de falar. Prefere ficar na sua, aprendendo sozinho, crescendo sozinho. Vê nos outros um problema: eles não são como o samurai urbano.
Alguns apresentam características semelhantes a ele, mas são diferentes; o samurai urbano sabe, o samurai urbano vê.
No curso, que parecia inofensivo, o samurai reconhece um problema: ele precisa sair da sua zona de conforto, do seu covil interior, e interagir com os demais membros do curso. O samurai não quer isso, mas lhe é cobrado assim - e por causa das regras de etiqueta que ele sempre carrega consigo, assim ele faz.
Pretendia não fazer amizades, mas falhou, foi preciso fazer. Ainda mantém a promessa de não fazer amizades profundas, mas não sabe se cumprirá. Ele sabe que fará o possível.
O que interessa pra essa história é: em um momento, o samurai urbano se vê num grupo de amigos, com a qual fará um trabalho em conjunto. Por causa de experiências anteriores, a astúcia do samurai lhe diz que isso é furada, e que ele sempre vai se dar mal. Mas não há outra escolha: é fazer isso ou ser reprovado.
E como ele é um samurai, ele reconhece o valor de um sacrifício. Será somente um dia, um momento. Quem é o samurai parante todo o universo? O universo tem bilhões de anos, e o samurai irá apresentar o trabalho em grupo por, no máximo, dez minutos. Um pequeno sacrifício. Quantos não passaram por coisa pior?
O problema é o peso. Aquilo era o Dragão para o samurai, o abismo. Era seu bicho-papão, seu rival, sua sombra. A vergonha, a timidez, a insegurança. Tudo pairava nesse trabalho. Mas não havia escolha, ele tinha que enfrentar.
No fim, o samurai teve uma resposta. Talvez um alívio dos deuses da timidez: a professora do curso aliviou a barra dos alunos e, não sendo mais preciso apresentar na frente da turma, seria feito uma roda com as cadeiras e todos trocariam idéias. O samurai sente um alívio. O Dragão não era tão poderoso assim, afinal. Seria fácil.
O dia fatídico chega, e o samurai passara horas antes estudando com afinco. Ele dedicou toda sua sapiência no assunto. Aprendeu todas as artes secretas do tema abordado pelo seu grupo - e armado com sua espada intelectual e sua armadura da segurança, ele foi para a aula.
Diante de uma chuva torrencial, o samurai urbano caminhava, e a cada passo, ele martelava seu discurso na mente. Não podia falhar, não podia gaguejar, não podia nada.
Ele chega na aula, e se aquece na sua cadeira. Um a um, os outros membros do curso vão chegando. E um a um, os membros do seu grupo também. O samurai os cumprimenta, e ele sente o nervosismo deles. Na verdade, no ar da sala paira uma certa tensão. O samurai nunca foi o único a ter medo: todos ali tinham. Embora não fossem samurais... Mas eram humanos. E o samurai urbano assim também era. Nesse ponto, eles são iguais.
A professora organiza a sala em círculos, e os grupos vão começando. O samurai vê o terror nos olhos de seus amigos. Ele não diz nada. Abre seu caderno e relê suas anotações.
Os grupos começam a ler o trabalho. Ler, literalmente. Abrem seus trabalhos xerocados e começam a ler, como um discurso que não foi ensaiado, como se tivessem lendo a Bíblia, sem nenhuma cerimônia.
O samurai urbano não entende. Aquilo era um seminário, não um grupinho de Alcoólicos Anônimos. Ele sabe que tem uma coisa errada, ele sabe. Ele estudou a finco a madrugada inteira. Ele se preparou, treinou, ensaiou, teve medo, teve frio, teve fome. Não era certo. Cadê o Dragão, afinal?
Ele entendia a misericórdia da professora em dar essa abertura aos alunos, mas ele havia sido criado no Rigor de Geburah, com ele, era matar ou morrer. Ele sabia o que tinha que fazer, como jamais soube antes. Se lembrou das palavras do amigo Comentarista: "Vá, na cara de pau!" e ele soube que o Dragão dele o esperava. Não um Dragão como os dos outros; os deles eram os Dragões de humanos. Para os samurais havia outros Dragões.
Então quando chegou a sua vez, todos os olharam. O samurai sabia, muitos ali o achavam tímido, muitos ali conheciam suas fraquezas. Mas não conheciam suas qualidades. E no meio dos humanos que achavam que ele iria falhar, o samurai urbano se levantou. Caminhou até à frente de todos, deixou o caderno de lado e começou sua aula, que havia treinado incansavelmente em sua mente.
Ouviu vozes de surpresa, e olhos arregalados. Ninguém imaginava que ele se levantaria e enfrentaria o Dragão, sozinho, como ninguém havia feito antes. Ele sentiu que era um herói, e sua armadura da segurança brilhou forte, e ele sabia que estava em casa (câncer - o carro). Deu sua aula. Nervoso, sim, mas de pé. E quando terminou, o Dragão estava no chão, já morto, e os membros da turma o aplaudiam, de uma maneira especial, como não aplaudiram ninguém.
O samurai soube que saíra vitorioso. E o momento depois da batalha foi o mais confortador de todos. Ele sabia que todo o sacrifício tem uma recompensa, e agora ele estava mais forte.
O Dragão morreu, naquele dia, mas ele sabe que o Dragão voltará. Cedo ou tarde, ele voltará. Mas quando voltar, o samurai urbano estará pronto, pois agora ele sabe as manhas. Agora ele sabe como ser um herói.
Durante toda a sua vida, o samurai teve que viver escondido, com vergonha, pelo fato de não aceitar a si mesmo como é. Era tímido, quieto, introvertido. Não se engane, pois, o samurai ainda é assim! Só que agora é diferente...
O samurai urbano cursa Radiologia. O samurai urbano é tímido, não gosta de falar. Prefere ficar na sua, aprendendo sozinho, crescendo sozinho. Vê nos outros um problema: eles não são como o samurai urbano.
Alguns apresentam características semelhantes a ele, mas são diferentes; o samurai urbano sabe, o samurai urbano vê.
No curso, que parecia inofensivo, o samurai reconhece um problema: ele precisa sair da sua zona de conforto, do seu covil interior, e interagir com os demais membros do curso. O samurai não quer isso, mas lhe é cobrado assim - e por causa das regras de etiqueta que ele sempre carrega consigo, assim ele faz.
Pretendia não fazer amizades, mas falhou, foi preciso fazer. Ainda mantém a promessa de não fazer amizades profundas, mas não sabe se cumprirá. Ele sabe que fará o possível.
O que interessa pra essa história é: em um momento, o samurai urbano se vê num grupo de amigos, com a qual fará um trabalho em conjunto. Por causa de experiências anteriores, a astúcia do samurai lhe diz que isso é furada, e que ele sempre vai se dar mal. Mas não há outra escolha: é fazer isso ou ser reprovado.
E como ele é um samurai, ele reconhece o valor de um sacrifício. Será somente um dia, um momento. Quem é o samurai parante todo o universo? O universo tem bilhões de anos, e o samurai irá apresentar o trabalho em grupo por, no máximo, dez minutos. Um pequeno sacrifício. Quantos não passaram por coisa pior?
O problema é o peso. Aquilo era o Dragão para o samurai, o abismo. Era seu bicho-papão, seu rival, sua sombra. A vergonha, a timidez, a insegurança. Tudo pairava nesse trabalho. Mas não havia escolha, ele tinha que enfrentar.
No fim, o samurai teve uma resposta. Talvez um alívio dos deuses da timidez: a professora do curso aliviou a barra dos alunos e, não sendo mais preciso apresentar na frente da turma, seria feito uma roda com as cadeiras e todos trocariam idéias. O samurai sente um alívio. O Dragão não era tão poderoso assim, afinal. Seria fácil.
O dia fatídico chega, e o samurai passara horas antes estudando com afinco. Ele dedicou toda sua sapiência no assunto. Aprendeu todas as artes secretas do tema abordado pelo seu grupo - e armado com sua espada intelectual e sua armadura da segurança, ele foi para a aula.
Diante de uma chuva torrencial, o samurai urbano caminhava, e a cada passo, ele martelava seu discurso na mente. Não podia falhar, não podia gaguejar, não podia nada.
Ele chega na aula, e se aquece na sua cadeira. Um a um, os outros membros do curso vão chegando. E um a um, os membros do seu grupo também. O samurai os cumprimenta, e ele sente o nervosismo deles. Na verdade, no ar da sala paira uma certa tensão. O samurai nunca foi o único a ter medo: todos ali tinham. Embora não fossem samurais... Mas eram humanos. E o samurai urbano assim também era. Nesse ponto, eles são iguais.
A professora organiza a sala em círculos, e os grupos vão começando. O samurai vê o terror nos olhos de seus amigos. Ele não diz nada. Abre seu caderno e relê suas anotações.
Os grupos começam a ler o trabalho. Ler, literalmente. Abrem seus trabalhos xerocados e começam a ler, como um discurso que não foi ensaiado, como se tivessem lendo a Bíblia, sem nenhuma cerimônia.
O samurai urbano não entende. Aquilo era um seminário, não um grupinho de Alcoólicos Anônimos. Ele sabe que tem uma coisa errada, ele sabe. Ele estudou a finco a madrugada inteira. Ele se preparou, treinou, ensaiou, teve medo, teve frio, teve fome. Não era certo. Cadê o Dragão, afinal?
Ele entendia a misericórdia da professora em dar essa abertura aos alunos, mas ele havia sido criado no Rigor de Geburah, com ele, era matar ou morrer. Ele sabia o que tinha que fazer, como jamais soube antes. Se lembrou das palavras do amigo Comentarista: "Vá, na cara de pau!" e ele soube que o Dragão dele o esperava. Não um Dragão como os dos outros; os deles eram os Dragões de humanos. Para os samurais havia outros Dragões.
Então quando chegou a sua vez, todos os olharam. O samurai sabia, muitos ali o achavam tímido, muitos ali conheciam suas fraquezas. Mas não conheciam suas qualidades. E no meio dos humanos que achavam que ele iria falhar, o samurai urbano se levantou. Caminhou até à frente de todos, deixou o caderno de lado e começou sua aula, que havia treinado incansavelmente em sua mente.
Ouviu vozes de surpresa, e olhos arregalados. Ninguém imaginava que ele se levantaria e enfrentaria o Dragão, sozinho, como ninguém havia feito antes. Ele sentiu que era um herói, e sua armadura da segurança brilhou forte, e ele sabia que estava em casa (câncer - o carro). Deu sua aula. Nervoso, sim, mas de pé. E quando terminou, o Dragão estava no chão, já morto, e os membros da turma o aplaudiam, de uma maneira especial, como não aplaudiram ninguém.
O samurai soube que saíra vitorioso. E o momento depois da batalha foi o mais confortador de todos. Ele sabia que todo o sacrifício tem uma recompensa, e agora ele estava mais forte.
O Dragão morreu, naquele dia, mas ele sabe que o Dragão voltará. Cedo ou tarde, ele voltará. Mas quando voltar, o samurai urbano estará pronto, pois agora ele sabe as manhas. Agora ele sabe como ser um herói.
domingo, 6 de setembro de 2015
Da natureza do medo
Texto publicado originalmente no extinto blog do Franco-Atirador, do Lúcio Manfredi.
É uma introdução sobre a imaginação, o medo, e a capacidade de algo abstrato transformar seu universo por completo.
É uma introdução sobre a imaginação, o medo, e a capacidade de algo abstrato transformar seu universo por completo.
Mito, Crença, Fé e Acredite Se Quiser
Quando eu era garoto, acreditava em tudo que me diziam, em tudo que lia, em todas as mensagens recebidas de minha própria imaginação extremamente fértil. Isso me causou muitas noites sem dormir, mas também encheu o mundo em que vivia de cores e texturas que não trocaria por toda uma existência de noites tranqüilas. Você precisa entender que, já naquela época, eu sabia que havia no mundo pessoas, na verdade muitas delas, cuja capacidade imaginativa estava dormente ou completamente morta e que viviam num estado mental equivalente ao daltonismo. (...)(...) Foi no Acredite Se Quiser que comecei a ver como a linha entre o fabuloso e o corriqueiro podia ser bastante tênue e a entender que a justaposição dos dois contribuía tanto para iluminar os aspectos comuns da vida quanto para iluminar seus ocasionais surtos bizarros. Lembre-se de que aqui estamos falando de crença e que a crença é o berço do mito. Você pode perguntar: e a realidade? Bem, no que me diz respeito, a realidade pode ir para o quinto dos infernos. Nunca dei muita bola para a realidade, pelo menos no meu trabalho escrito. Na maioria das vezes, ela está para a imaginação como as estacas de madeira estão para os vampiros.Acho que mito e imaginação são, de fato, conceitos intercambiáveis e que a crença é a fonte de ambos. Crença em quê? Para dizer a verdade, penso que náo tem muita importância. Um deus ou muitos. Ou que uma moeda de dez centavos pode descarrilar um trem de carga.(...) O que é fundamental continua a ser válido com o passar do tempo e para mim o objetivo não se modificou: o trabalho continua sendo chegar até você, Leitor Fiel, prendê-lo pelos cabelos e, espero, meter-lhe tanto medo que você não conseguirá ir dormir sem deixar acesa a luz do banheiro. Continua sendo uma questão de, primeiro, ver o impossível... e depois, traduzi-lo em palavras. Continua sendo fazer com que você acredite no que eu acredito, pelo menos durante algum tempo.Não falo muito nisso porque fico encabulado e soa pomposo, mas continuo vendo as histórias como uma coisa importante, algo que não só realça as vidas, mas na verdade as salva. Nem estou falando metaforicamente.

sábado, 22 de agosto de 2015
O único poder que existe é o poder de ser você mesmo
Belíssimo texto, pego daqui.
A pessoa sábia, portanto, não procura mudar nada —
Apenas a realidade existe e você é Ela.
Apenas a consciência existe e você é Ela.
Apenas o amor existe e você é Ele.
Se você apenas percebesse quem você é você iria ser a pessoa mais feliz que jamais existiu, e eu digo feliz, totalmente feliz, de felicidade imutável.
Uma coisa dessas existes? Sim, existe.
Paz imutável.
Amor imutável.
Mas você escolheu se identificar com maya (ilusão), com a irrealidade, e por isso você acha que sofre.
Você acredita que sua vida não é o que deveria ser.
Você se compara aos outros.
Você quer fazer mudanças.
Como você deve saber a essa altura, quando você faz essas mudanças elas duram pouco, e então você volta ao que era antes.
Apenas a consciência existe e você é Ela.
Apenas o amor existe e você é Ele.
Se você apenas percebesse quem você é você iria ser a pessoa mais feliz que jamais existiu, e eu digo feliz, totalmente feliz, de felicidade imutável.
Uma coisa dessas existes? Sim, existe.
Paz imutável.
Amor imutável.
Mas você escolheu se identificar com maya (ilusão), com a irrealidade, e por isso você acha que sofre.
Você acredita que sua vida não é o que deveria ser.
Você se compara aos outros.
Você quer fazer mudanças.
Como você deve saber a essa altura, quando você faz essas mudanças elas duram pouco, e então você volta ao que era antes.
A pessoa sábia, assim, realmente não busca mudar nada. Elas se tornam quietas. Elas tem paciência. Elas trabalham sobre si mesmas. Elas observam seus pensamentos, suas ações e se vêem ficando com raiva, observam-se entrando em depressão, observam-se ficando com ciúmes e inveja e todo o resto. Aos poucas elas percebem, “isso não sou eu. Isso é hipnose, é uma mentira”. Elas não reagem ao condicionamento. Quanto mais elas não reagem às condições, mais elas se tornam livres. Elas não se importam com que os outros estão fazendo. Não se comparam a ninguém. Não competem com ninguém. Simplesmente tomam conta de si mesmas. Atentas a si mesmas. Elas vêem a confusão mental. Elas não correm por aí gritando, “Eu sou a realidade absoluta. Eu sou Deus. Eu sou consciência”. Ao invés disso, elas vêem de onde estão vindo e deixam todos os demais em paz.
Um ser assim se abre muito rápido. Não faz diferença que categoria essa pessoa é. Não importa, porque tal ser já está livre. Quando a mente descansa no coração, isso significa que a mente não se projeta pra fora e não se identifica mais com o mundo, quando a mente descansa no coração há paz, há harmonia, há puro ser. Quando você permite à sua mente sair fora de Si mesmo, ela começa a comparar, a julgar, começa a se sentir ofendida, e não há paz. Não há descanso.
Como começar? Bem, primeiro você percebe o lugar em que está exatamente agora, não importa se acha que é bom ou mau, feliz ou triste, rico ou pobre ou doente ou saudável, o lugar onde você está neste momento é o lugar certo. Esse é o começo. Pare de querer ser alguém diferente. Pare de querer mudar sua vida. Você está no lugar certo, agora, exatamente como você é. Se você consegue ficar feliz e em paz no lugar onde você está agora, de repente você vai ver que as circunstâncias vão mudar a seu favor, e novamente você estará no lugar certo. Qualquer mudança que vier na direção do seu corpo e mente, você está no seu lugar certo. Quanto mais você ver isso, mais você conseguirá ver o que eu falei intelectualmente, inteligentemente, mais pacífico você se torna, mais padrões kármicos começam a se dissolver e você começa a acordar.
Pode ser gradual no começo. Você nota que as coisas que geralmente te incomodavam não mais te incomodam. Você nota que as pessoas com as quais você convive, os conflitos que tinham, eles param porque você parou. Não há mais tentativas de compensar nada. Não há mais tentativa de vencer nada. Não há mais tentativa de achar o livro certo, o professor certo ou a coisa certa. Você se mantém centrado. Você se mantém livre. Quando algo aparece, seja bom ou mau, você simplesmente senta onde você está e pergunta, “Para quem isso está vindo?”, e voce ri, porque você se separou de sua mente-corpo e começou a perceber que sua mente-corpo vai passar pela experiência mas não você.
Então não há nada com o que se preocupar. Nada a temer. Nada pode lhe perturbar. Nada pode lhe machucar. Você percebe que qualquer coisa que alguém faça ao seu corpo, fisicamente, ou com palavras, ou de outra maneira, não pode jamais, jamais lhe machucar, porque você não é seu corpo. Não importa o que alguém lhe diga, não importa o que você veja com seus olhos, não pode lhe afetar, porque você não é sua mente. Na verdade você separa Si mesmo de seu corpo e da sua mente.
Isso é só o começo. Conforme você avança, sua mente e seu corpo caem. Não significa que você morre. Significa que eles se tornam menos e menos importantes pra você, e você não se identifica mais com elas. Você sabe, e sente, e experimenta, que seu corpo e sua mente não existem, e ainda assim você existe. Você não existe como seu corpo ou sua mente. Você existe como realidade absoluta, como consciência, e não mais acredita que seu corpo e sua mente são uma modificação da consciência. Você simplesmente sabe que não há corpo nem mente. Você é sem ego. Não há razão para seu corpo, mente e o mundo existirem.
Você pode primeiro sentir isso levemente, mas você notará que quanto maior a sensação, maior a felicidade. Você estará começando a se fundir na consciência. Você está começando a sentir a realidade. O mundo vai em frente, as pessoas fazem o que sempre fazem, e ainda assim você vê tudo diferentemente. Você não vê mais o mundo que costumava ver. É como ler uma revista. As imagens na revista estão na sua frente mas você não é a revista nem as imagens. Quem você é ainda pode ser um mistério. Lembre-se, enquanto você puder expressar algo, não é isso. Portanto você não sai por aí dizendo a todo mundo, “Eu sou realidade pura”, ou “Eu sou a consciência”. Você se mantém em silêncio. Pelos frutos você os conhecerá. Você se torna uma luz num mundo de escuridão. As pessoas automaticamente cercam você e se sentem bem ao seu redor. Você encontrou a paz. Sempre foi você. Na verdade você não achou nada. Você simplesmente se tornou você mesmo.”
Por ROBERT ADAMS
sábado, 27 de dezembro de 2014
Quando a água do mar destrói seu castelo de areia

Claro que não! Você está trabalhando para a sua construção; está malhando o braço pra ficar mais forte e mais resistente - e no entanto, você se cansa, se machuca, se destrói.
Porém, aqui vem um caso interessante: Seu corpo, vendo que você extrapolou os limites conhecidos de si mesmo, tenta agora reconstruir as fibras com um pouco mais de elasticidade, com um pouco mais de resistência, para que, quando você realizar novamente aquele exercício, você não use a capacidade máxima.
E é aí, meus caros, que está a evolução, que está o progresso.
Seu corpo, como uma máquina perfeita regida pelas leis do universo sabe perfeitamente que depois da destruição vem a reconstrução. Seu horizonte se expande, seu limite fica mais longe - e você pode ir cada vez mais além.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Casa 7 - O mundo espelhado de Vênus

astrológico é totalmente acolhedor e romântico. Sempre que penso em Vênus eu penso na Mãe Natureza, no Feminismo, na Harmonia e na Beleza e... no Amor.
Eu gosto bastante do glifo de Vênus também - esse aí ao lado. Ele esconde uns segredos bem interessantes. É, por exemplo, uma representação microcósmica da árvore da vida; lembra o útero em alguns aspectos - principalmente a parte da cruz; é perfeitamente simétrico e harmônico; e a parte que eu mais gosto: lembra um espelho.
Gosto desse simbolismo com o espelho; em partes por reafirmar a importância de Vênus na Beleza; em outra parte: o espelho reflete você mesmo.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Um meio ou uma desculpa
Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem
sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma,
se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar
a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o
orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante terá que investir
tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos
fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser
especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se
compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no
horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de
planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de
trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente que
espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão
não tira ninguém de onde está. Em verdade a ilusão é combustível dos
perdedores, pois… quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO, quem não quer
fazer nada, encontra uma DESCULPA.
- Roberto Shinyashiki
terça-feira, 15 de abril de 2014
Independência ou...?
O mestre encontrou-se com os discípulos certa noite, e pediu que acendessem uma fogueira, para que pudessem conversar.Paulo Coelho - Maktub
- O caminho espiritual é como o fogo que arde diante de nós - disse. - Um homem que deseja acendê-lo tem que se conformar com a fumaça desagradável, que torna a respiração difícil e arranca lágrimas do rosto.
Assim é a reconquista da fé.
- Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor - nos dando calor e calma.
- E se alguém acender o fogo para nós? - perguntou um dos discípulos. - E se alguém nos ajudar a evitar a fumaça?
- Se alguém fizer isto, é um falso mestre. Que pode levar o fogo para onde tiver vontade, ou apagá-lo na hora que quiser. E, como não ensinou ninguém a acendê-lo, é capaz de deixar todo mundo na escuridão.
Citações de Paul Rabbit? Sim, as vezes é preciso. E essa passagem em especial se encaixa muito bem no tema que me refiro:
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