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segunda-feira, 25 de abril de 2016

A serpente e a pomba

  Às vezes me pego pensando em coisas na qual a sociedade de uma maneira geral considera bem polêmica.
Eu sei que tal coisa é relativa, mas tenho um pouco de vergonha em expressar tais coisas, e esse blog pode servir como um pontapé inicial nesse tipo de serviço.
  Um exemplo disso foi hoje. Me peguei pensando no papel de prostitutas e garotas de programa - e em atrizes pornô - em nossa sociedade. Muitos falam que são "mulheres da vida", e que não merecem nossa atenção. As chamam de 'destruidoras de família', e até de coisas piores. Só que se você parar pra pensar, a coisa não é exatamente como muitos julgam ser.

Vejamos: no passado havia as chamadas "sacerdotisas do templo", mulheres que adoravam deusas como Astarte e Afrodite - deusas do amor e da sexualidade, de uma maneira geral. Tais sacerdotisas tinham como função levar o amor para os outros, de todas as maneiras possíveis. Para citar rapidamente, deixo um fragmento de texto retirado desse site:


O real papel da filha de Afrodite é pregar o AMOR independente de tudo. Ela como qualquer outro ser humano possui suas fragilidades e medos, porém deve estar treinada para não demonstrar isso aos que a rodeiam. Tem que ser capaz de quando necessário romper as barreiras de sua delicadeza e buscar máxima força. Para muitos magos e estudiosos, Afrodite é a mais poderosa do Olimpo. Por quê? Porque foi ela quem dominou humanos e mortais com o seu amor, inclusive Zeus, o Deus dos Deuses. A Deusa do AMOR sempre foi temida entre as deusas e suas provocações sempre foram aquelas que aconteciam das formas mais sutis, porém eram as mais dolorosas nas outras deidades.



Na Grécia Antiga, a Sacerdotisa de Afrodite dedicava-se única e exclusivamente a essa divindade. Viviam em templos que honravam a Deusa do AMOR e eram as mais desejadas das Polis (cidades-estados da Grécia antiga). Normalmente iniciavam JOVENS rapazes na vida sexual e traziam alegria àqueles que não  viam mais graça na vida. Grande parte delas eram conhecidas como “prostitutas sagradas”, mas diferente da prostituta comum que vende o prazer, elas trabalhavam energética e emocionalmente em cada indivíduo. Era comum que se prostituíssem para levantar fundos destinados às melhoras dos templos.



  Hoje esse tipo de prática foi perdida, e só nos restou as prostitutas mundanas. Porém tenho certeza que o trabalho espiritual de muitas delas ainda é o mesmo, em oitavas baixas. Tais mulheres são corajosas por natureza, e deveriam ser respeitadas. Gostaria de dizer mais sobre elas, de expor sua importância, mas hoje sou incapaz de fazer. Não porque eu não sei, mas porque não estou na pele delas para poder expressar seu total significado.
  Por um mundo onde o amor seja mais livre, e não tenha tanto preconceito. Se não fosse tais mulheres, muitos homens teriam sua libido reprimida, podendo acabar se tornando grandes estupradores e assassinos. Amor cura, amor dissolve energias, amor transmuta. Mesmo parecendo algo extremamente banal e tosco, a essência ainda é a mesma. Portanto, trate mulheres com respeito, pois elas são o cálice sagrado por onde a vida se manifesta.
:)


Surpreendendo garotas de programa no dia dos namorados from Sweetlicious Tube on Vimeo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Pois não existe deus se não o Homem!

  Não é de hoje que as religiões se tornaram uma pedra no sapato da nossa sociedade. O que deveria nutrir
espiritualmente e moralmente, acabou se tornando uma prisão mental de alienação e fanatismo. O "religare" foi perdido em muitas delas - em especial na igreja cristã. Ou talvez AS igrejas cristãs.
  Óbvio que posso colocar outras religiões aqui, como algumas casas de 'umbanda' que são verdadeiros ninhos de egum, e também certos núcleos (minorias) do islã. Porém a realidade brasileira - e ocidental, em geral - se foca muito mais no cristianismo. O cristianismo que matou e roubou (e rouba) milhões de pessoas pelo globo. Se posso citar uma vertente do cristianismo que ainda confio, posso dizer que é a igreja anglicana. Fora ela, todas as outras eu prefiro manter um pouco de distância. Pode ser preconceito meu, mas também pode ser precaução. E apostaria mais na segunda opção.

  O satanismo não é uma religião. Podemos dizer que o satanismo tem sua origem no próprio cristianismo. Isso tanto é verdade quanto não é. A palavra "shaitan" quer dizer 'adversário' em uma língua há muito esquecida, e daí veio satan. Satan seria o adversário de Deus. Então é óbvio que satanismo é oposto ao cristianismo. Porém não no sentido de adorar ao diabo, como muitos acreditam, mas por não acreditar em Deus, exatamente como o ateísmo faz.
  Conta a lenda que Anton LaVey era um músico, mais precisamente um pianista. Ele era convocado para tocar em diversos locais por dinheiro, e obviamente que ele aceitava. Acabava por tocar em bordéis, e em igrejas. LaVey percebeu que os mesmos homens que iam aos bordéis iam às igrejas. Os mesmos homens que pagavam de santo com suas esposas na igreja eram os mesmos que se deitavam com prostitutas no sábado à noite.
  Veja: não é exatamente errado isso. Cada um sabe o que faz, cada um tem que ser responsável pela sua própria vida. Porém LaVey não podia tolerar tanta hipocrisia por parte de tais pessoas. Numa manhã de domingo, conta a lenda que ele se levantou do piano e denunciou os homens pecadores. Teve que fugir da cidade para não ser morto. Dali em diante ele decidiu abrir a igreja satânica. Não para adorar o diabo, mas para mostrar ao mundo o quanto o cristianismo tinha problemas, e o quanto os seus problemas  afetavam a vida dos não-cristãos.
  O satanismo virou religião em papel oficial, mas seu objetivo sempre foi um: mostrar a outra face. Ninguém no satanismo adora o diabo - eles nem sequer acreditam que há um. Tudo que eles fazem é lutar pelo direito das pessoas de serem elas mesmas, de serem livres e de serem laicas. Na mesma pegada, surgiram o Pastafarianismo e a Igreja do SubGênius. Todos representando a contracultura religiosa. Todos mostrando que o mundo não é só unireligioso.

  É nesse ritmo que acabamos por ver grandes projetos que essas 'religiões' tem realizado. O Pastafarianismo conseguiu impedir a divulgação do cristianismo em escolas (pois essa prática é proibida pelo estado, que deveria ser laico). Já o satanismo tem conseguido grandes avanços nos dias de hoje, contra o conservadorismo cristão.

  Termino essa postagem colocando aqui os mandamentos do Satanismo moderno, mostrando o quão avançada e preocupada com a sociedade é esse movimento. Muito mais 'evoluída' (por assim dizer) que o próprio cristianismo, que ficou parado no tempo, impedindo a sexualidade de pessoas, cobrando dinheiro de outras e tentando enfiar sua fé goela abaixo de terceiros.
  Leia os princípios e reflita sobre eles. Ninguém é obrigado a segui-los, mas se seguirem, o mundo seria um lugar bem melhor que aquele que o cristianismo quer.

Princípios do Satanismo

 Esforce-se para agir com compaixão e empatia para com todas as criaturas, em conformidade com a razão.


 A luta pela justiça é uma busca constante e necessária que deve prevalecer sobre as leis e instituições.



 O corpo é inviolável, sujeito somente à vontade de sua pessoa.



 As liberdades de outros devem ser respeitadas, incluindo a liberdade de ofender. Quem usurpar as liberdades de outra pessoa estará renunciando a sua própria liberdade.



 As crenças devem estar de acordo com o melhor conhecimento científico do mundo. Deve-se tomar cuidado para nunca distorcer fatos científicos para não adequá-los às nossas crenças.



 As pessoas são falíveis. Se cometerem erro, devemos fazer o nosso melhor para corrigi-las e resolver qualquer mal que elas podem ter causado.



 Cada princípio é um princípio orientador criado para inspirar nobreza na ação e pensamento. O espírito de compaixão, sabedoria e justiça devem sempre prevalecer sobre a palavra escrita ou falada.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Monstro do Espaguete Voador

Prometi uma postagem especial hoje, porém por causa de uma série de motivos, terei que adia-la. Abro novamente as portas da casa das névoas com um vídeo, apenas como tira gosto. Esse ano esse blog deve abrigar uma série de postagens novas. Espero que consiga cumprir com o prometido.


domingo, 6 de setembro de 2015

Da natureza do medo

Texto publicado originalmente no extinto blog do Franco-Atirador, do Lúcio Manfredi.

É uma introdução sobre a imaginação, o medo, e a capacidade de algo abstrato transformar seu universo por completo.

Mito, Crença, Fé e Acredite Se Quiser

Da introdução de Stephen King à coletânea Pesadelos e Paisagens Noturnas:

Quando eu era garoto, acreditava em tudo que me diziam, em tudo que lia, em todas as mensagens recebidas de minha própria imaginação extremamente fértil. Isso me causou muitas noites sem dormir, mas também encheu o mundo em que vivia de cores e texturas que não trocaria por toda uma existência de noites tranqüilas. Você precisa entender que, já naquela época, eu sabia que havia no mundo pessoas, na verdade muitas delas, cuja capacidade imaginativa estava dormente ou completamente morta e que viviam num estado mental equivalente ao daltonismo. (...)
(...) Foi no Acredite Se Quiser que comecei a ver como a linha entre o fabuloso e o corriqueiro podia ser bastante tênue e a entender que a justaposição dos dois contribuía tanto para iluminar os aspectos comuns da vida quanto para iluminar seus ocasionais surtos bizarros. Lembre-se de que aqui estamos falando de crença e que a crença é o berço do mito. Você pode perguntar: e a realidade? Bem, no que me diz respeito, a realidade pode ir para o quinto dos infernos. Nunca dei muita bola para a realidade, pelo menos no meu trabalho escrito. Na maioria das vezes, ela está para a imaginação como as estacas de madeira estão para os vampiros.
Acho que mito e imaginação são, de fato, conceitos intercambiáveis e que a crença é a fonte de ambos. Crença em quê? Para dizer a verdade, penso que náo tem muita importância. Um deus ou muitos. Ou que uma moeda de dez centavos pode descarrilar um trem de carga.
(...) O que é fundamental continua a ser válido com o passar do tempo e para mim o objetivo não se modificou: o trabalho continua sendo chegar até você, Leitor Fiel, prendê-lo pelos cabelos e, espero, meter-lhe tanto medo que você não conseguirá ir dormir sem deixar acesa a luz do banheiro. Continua sendo uma questão de, primeiro, ver o impossível... e depois, traduzi-lo em palavras. Continua sendo fazer com que você acredite no que eu acredito, pelo menos durante algum tempo.
Não falo muito nisso porque fico encabulado e soa pomposo, mas continuo vendo as histórias como uma coisa importante, algo que não só realça as vidas, mas na verdade as salva. Nem estou falando metaforicamente.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Ano novo Lunar!

Amo a Lua, e creio que ela também me ame. Muito embora eu seja homem - e a lua é regente das mulheres - eu sei que tenho fortes ligações com tal astro, ainda mais por minha lua se encontrar em Câncer, seu signo natural.
Não posso deixar passar essa data importante - que no oriente é conhecido como Ano novo Chinês - ainda que, pra mim, um ano novo é quando a lua completa seu ciclo; então é ano novo lunar a cada 28 dias.
Mas, de acordo com a tradição oriental, cada ano é regido por um signo - e esse agora é o carneiro (não confundir com o Áries ocidental).
Como já previsto, o ano novo é sempre na Lua nova mais próxima do sol no 15º de Aquário. Nesse caso, no ano de 2015, é hoje.
E como não é coincidência, hoje o Sol entre em Peixes, abrindo um Stellium, junto com a Lua, Marte, Vênus, e Netuno! Hoje é um dia mais que especial para a lua. Deixo aqui um sinal de meu respeito pelas deusas lunares:


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Sobrecarga

Experimente ler diversos textos no seu computador; experimente jogar jogos de estratégia; experimente forçar seu cérebro a rodar em potência alta. Não precisa experimentar, eu lhe conto o resultado.
Uma sobrecarga. Sim, foi o que aconteceu comigo hoje; elevei minha mente ao seu limite, agora não consigo suportar a mim mesmo. Tudo que quero é cavar um buraco em algum lugar que tenha uma terra fofa e gelada e me jogar lá dentro; acredito que a sensação seja agradável.

Esse é o mal da nossa geração. Nós estamos o tempo todo 'ligados', o tempo todo nossas mentes estão sendo bombardeadas com informações - em sua maioria inútil. Creio que com um treinamento específico dê pra equilibrar a equação.
Essa situação de merda que me meti me fez lembrar o mito de Pandora.
Se você não se lembra do mito, permita-me uma rápida explicação: Pandora é a primeira mulher criada por Zeus; por algum motivo que eu desconheço, Zeus deu a ela a tal caixa com todos os males do mundo. E por um outro motivo que eu prefiro ignorar, ela abrir a merda da caixa. O resultado você se lembra: Todos os males do mundo saíram da caixa, sobrando apenas a esperança lá dentro.

É uma história bonitinha, sempre a vejo como uma lição bem específica. Acontece que nesse dia fatídico de sobrecarga me veio uma outra análise desse mito:
A caixa é o que podemos chamar de computador, internet, ou qualquer outra parafernália tecnológica rodando por aí (Aquário). Pandora somos nós, homo sapiens, achadores do achismo, detentores do conhecimento, pensamos que pensamos, mas nada sabemos. Curiosos acerca do que tem dentro da maravilhosa tecnologia, nós 'abrimos' a caixa, e claro, ficamos surpresos com os 'males' que saem dela.
Os 'males' aqui é a informação. A informação tem um peso grande, se você não sabe como usa-la, você afunda em si mesmo, por isso que a informação é perigosa - até mesmo por causa das sobrecargas que tive.
Agora, um ponto importante: A esperança.
Acha que ela é algo benéfico? Nessa interpretação não.
A esperança aqui é extremamente perigosa; você entra na internet procurando algo, buscando novas informações, novas formas de entretenimento, mas não acha. Ora, onde está toda a informação que eu vi? Bem, elas se foram não é? No momento em que abrimos a caixa. O que sobrou foi a esperança. Isso mesmo, a esperança.

Estamos fadados a sempre buscar pelo que nos foi 'tirado' - na verdade, nós é que deixamos escapar. A esperança é o que alimenta nossa busca inútil, é o que me faz ligar o computador todos os dias na ~esperança~ de encontrar algo novo. Sim, nossa geração está condenada, estamos correndo atrás de um coelho branco que jamais poderemos alcançar. A esperança nos alimenta, mas não podemos nos alimentar com ela pra sempre; pra encontrar a 'informação' nós devemos olhar fora da caixa, para o mundo real, onde os 'males' foram.
Creio que essa re-leitura do mito tenha sido clara pra você.
Espero que tenha.
E quanto a mim, vou tentar descansar por um tempo, olhar para o horizonte, deixar a caixa de lado.

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Nota: Me lembro agora que uma das interpretações do Arcano 'A Estrela' é Esperança, que curiosamente é regido por Aquário. Coincidência? Veremos...





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