quinta-feira, 7 de maio de 2015

Um detalhe sobre as cores.


Recentemente saiu uma notícia um tanto interessante sobre as cores, em especial a cor azul: Ninguém enxergava a cor azul até os tempos modernos. Isso é curioso, pois a forma como vemos e entendemos o mundo se dá por nossa linguagem. Pessoas surdas, se não tiverem nenhum estudo de linguagem de sinais ao longo da vida, podem ser diagnosticas com problemas mentais, pois as mesmas acabam não tendo noção de tempo abstrato (dia de amanhã, por exemplo) e até acabam não conseguindo entender o que são objetos, como livros - pois não há um código para aquilo em suas mentes.

No caso da cor azul, como não havia uma palavra pra ela as pessoas não a viam. Claro, o céu é azul, como sabemos, mas só sabemos porque temos um código para cor azul. Recentemente o sabor "umami" foi adicionado à lista ocidental de sabores, pois só era considerado o doce, salgado, amargo e ácido.



Por muito tempo, cientistas debateram se o Umami era mesmo um gosto básico. Em em 1985, no primeiro Simpósio Internacional sobre Umami no Havaí, o Umami foi oficialmente reconhecido como o termo científico para descrever o gosto dos glutamatos e nucleotídeos.7 Hoje em dia, ele é amplamente aceito como o quinto gosto básico. O Umami representa o gosto do aminoácido L-glutamato e 5’-ribonucleotídeos, como monofosfato de guanosina (GMP) e monofosfato de inosina (IMP).8 Embora ele possa ser descrito como um gosto agradável de "caldo" ou "carne de bode", com uma sensação duradoura, dar água na boca e cobrir a língua, o Umami não possui uma tradução.
Wikipédia

Nossa sociedade sempre sentiu o tal gosto "umami", mas nunca deu um nome pra ela, pois não identificavam como umami, mas sim como uma sensação de "isto é gostoso". Da mesma forma, o azul sempre esteve lá, mas era adicionado na categoria de cores mais próximas àquele tom.
Sentimentos também tem dessas. A felicidade de se ganhar na loteria não é a mesma estar com alguém que se ama ou de acertar a bola na cesta no último minuto do jogo; e no entanto, todas essas sensações são chamadas de "felicidade".

Por um lado a simplificação é útil pra tornar as coisas mais práticas, mas se quisermos ir no cerne de uma coisa, é preciso dar nomes aos bois... literalmente! Formiga é formiga em todo lugar, mas para a ciência que as estuda há diversos tipos, com vários subgrupos. Em astrologia nós dividimos as energias em 12 signos, mas pode se dividir em 4 grupos, 3 grupos, 24, 36, 72... Quanto mais complexo, mais detalhe temos; quanto mais nomes para nossa linguagem, mais a fundo entenderemos o mundo.

Mas curiosamente não é sobre isso que queria escrever.
Quando se fala de cores você fala de luz. A luz bate em objetos que refletem a cor para o mundo. Nas plantas a clorofila absorve a luz e reflete o tom verde, fazendo a planta ficar daquela cor. Foi pensando nisso que acabei criando uma pequena teoria, e foi por isso que esse texto nasceu.

Imagine que eu tenho um pacote de MMs comigo. Por algum motivo específico e irrelevante eu não gosto dos MMs de cor vermelha. Então tudo que eu faço é abrir o pacote e despejar tudo em um pote. Como não gosto dos MMs vermelhos, vou comendo aqueles de outras cores - e da mesma forma que a seleção natural, o que ocorre no fim são somente os MMs que rejeitei, os vermelhos.
É exatamente isso que acontece com as plantas verdes: elas rejeitam o espectro de cor verde, então elas mandam a cor de volta.

Um outro exemplo é uma peneira: Imagine que a peneira é mágica; agora imagine que eu tenho uma garrafa com vários sabores de suco misturados. Como a peneira é mágica, ela vai absorver para si TODOS os sabores de suco menos os de Uva e Abacaxi. Então ao jogar o suco pela peneira, eu terei apenas aqueles dois sabores.

Todas as cores são assim; o pigmento amarelo absorve todos os espectros de luz, menos aquele que vibra na frequência amarela, então ele a manda de volta (ficando assim, amarelo). A cor preta é preta porque absorve todos os espectros e não reflete nenhum; já a cor branca reflete todos os espectros de cor, não retendo nenhum.



Eu fiquei pensando no lance das cores. É incrível como a cor que um objeto reflete é a cor que ele está rejeitando. De certa forma nós também somos assim, ou pelo menos a Lei de Atração é assim:

Você é tudo aquilo que você reflete

A idéia de fazer sigilos foi criada por Austin Osman Spare e hoje em dia é a forma mais popular de fazer magia. A mecânica é simples: você desenha um sigilo (desenho simbólico), entra em estado alterado de consciência, absorve o símbolo e depois precisa esquecer.
Ora, isso me lembra muito a mecânica das cores. Você precisa absorver e depois esquecer...
No caso das cores, absorve-se aquilo que quer e reflete aquilo que não quer; no caso da magia de sigilos, se absorve o símbolo e reflete a idéia (de forma inconsciente).
Da mesma forma que a planta é verde porque reflete o verde, a pessoa terá dinheiro se refletir o dinheiro; e o dinheiro virá graças à lei de atração.

Não existe mistério, no fim. Tudo é uma mecânica lógica e entendível, é preciso apenas ficar atento ao mundo.

(‘O Livro do Prazer’, A. O. Spare)
"Os Sigilos são a arte de acreditar, minha invenção para tornar orgânica a crença, logo,
crença verdadeira."
"Minha fórmula e Sigilos para a atividade subconsciente são os meios de inspiração, de
capacitação e de genialidade, além de serem os meios para acelerar a evolução. São uma
economia de energia e um método de aprendizado através do prazer. Pelos Sigilos e pela
aquisição da vacuidade, qualquer encarnação ou experiência passada pode ser trazida à
consciência."
Utiliza-se o alfabeto comum para a construção de sigilos. Spare nos dá como exemplo o
desejo de uma força super-humana que ele formula da seguinte maneira: "eu desejo a força
de meus tigres". De modo a sigilizar este desejo, coloque num pedaço de papel todas as
letras que compõem a sentença, omitindo as repetições de letras. A seqüência resultante de
letras é "EUDSJOA FRÇMTIG" que devem ser combinadas para formar um glifo único. O
desejo, assim sigilizado, deve então ser esquecido; isto eqüivale a dizer que a mente deve
desistir de pensar sobre ele em qualquer outro momento além do tempo do ritual mágico,
pois "a crença se torna verdadeira e vital por sua retenção na consciência através da forma
do sigilo e não pela retenção da fé. A crença se exaure pela não-resistência, isto é, pela
consciência. Creia não acreditar e então você obterá a existência do seu desejo."

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